sábado, 2 de agosto de 2008

Você se sente dependente?

Depender das pessoas muitas vezes se faz necessário. Até porque ninguém consegue ser feliz literalmente sozinho. Quando se está sozinho, está a beira da loucura. Então, para refugiarem-se, as pessoas procuram prender-se à algo, como se fossem cair num abismo infinito e o galho qual se seguram seja seu refúgio.
Seguram-se à vida para não morrer.

Não sei se é por ser de Libra, mas eu gosto de viver e talvez tenha um pouco de medo de morrer. Muitas vezes eu me sinto um pouco superior, como se estivesse observando os outros lá embaixo, se segurando, agarrando-se a algo que nem se sabe se é real ou não, ou o que isto pode fazer com eles. Ficam vulneráveis aos efeitos que isto pode trazer. Mas então vejo que eu não me seguro à nada - só tenho a mim mesma. E me vejo prestes a cair nesse abismo infinito...

Esses "galhos" representados subjetivamente ali em cima podem ser as coisas cotidianas, que todo mundo já está acostumado, como Deus, dinheiro ou as próprias pessoas. Deus, tudo bem, é o espectador da bolinha de cristal. O dinheiro é um mal degradante, como todo mal é, uma força letárgica, pesada e slow...

O problema está com as pessoas. Como confiar em alguém que é semelhante à você? Bem, pessoas podem ser diferentes em língua, modo, pensamento, que seja! Mas não deixam de ser da mesma raça, do mesmo filo que a quem vos escreve. "Somos todos iguais perante à lei de Deus" foi o que aprendi nas vezes que ia obrigada à igreja. Como confiar? Esquecendo completamente o poder que elas têm, isso talvez traga um aconchego, mas e quando o mal surge e não tem mais saída, a não ser pular para o outro "galho". E vai que o outro galho faz a mesma coisa...

Confiança é um bem valioso e, creio que para todos, não se deve desperdiçar com o primeiro que ver na rua. Confiança talvez seja o maior presente de todos os outros que se pode "pôr em prática". Então, confiar vale a pena?

Depois de um comentário do Seg-a-Sex aqui, eu pensei sobre isso. Pessoas são poderosas. Elas podem fazer muitas coisas, e seus atos refletem nos outros de uma forma ou de outra. Como pode acontecer de você entregar o "prato" da sua vida nas mãos de outra pessoa, e esta apenas jogá-lo fora? É mais que óbvio que existe gente que não é assim, não estou aqui para generalizar. É só que, em algums momentos, talvez em todos, não dá pra entregar o prato inteiro. Sempre vai faltar algo, algo que é só seu. O "ter" da vanessinha.

Confiar em alguém se torna fácil quando as semelhanças aparecem, ou quando se gera uma boa discussão sem brigas. A afinidade tomou conta, logo a confiança se aflora. Parece que quanto mais você tenta jogar sua vida para os outros, menos você sabe sobre você mesmo. Então porque não confiar em si mesmo; se a coisa que você mais pode saber, mais pode descobrir, sem que ninguém interfira é você?
O potencial, o poder como humano, o poder obrigatório de ser e mudar as coisas ao seu redor. Isso talvez seja mais uma das coisas que completam o grandesíssimo ser. (fora o nome, endereço, telefone, identidade, cpf, rg...)

Não ter auto-confiança deveria ser deprimente. Achar que existem pessoas melhor que você é normal, mas não conseguir enchergar o seu próprio valor torna-se envergonhante. Não dar valor à si mesmo é uma merda. Mas lógico que existem casos que não dá para ser tudo. E, ainda mais, ficar mostrando à todos qual seus "dotes" para isso. Somos humanos - e isso já basta para ver que se tem um valor, que faz uma diferença. Uma sutil diferença, com um grande efeito, ou o contrário. Ou que talvez não faça, mas não deixa de ser uma diferença por não fazer.

Eu pretendo confiar mais em mim do que em qualquer outra pessoa. E se alguma outra pessoa me vier oferecendo seu prato de comida logo de cara - eu nego. Prefiro ir descobrindo e respeitando que cada um tem o seu "ouro" dentro de si.

Its just to find it...

É aquela coisa de que todo vestibulando escuta: aproveite o que você sabe para aprimorá-lo. Se você não sabe, vai pra Administração.

P.S.:Antes de mais nada, aviso que estou cansada de mim e saí em busca do meu outro eu. Ele se perdeu e não sabe o caminho de volta. Mas minhas palavras irão continuar.(Ouu será que nããão?)