segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Falar de mim

Eu poderia passar horas e horas aqui relatando um conto que está na minha cabeça. Poderia controlar todos os meus afazeres amanhã, poderia ir dormir já que tenho que acordar às nove, e nem sei se vou mesmo. Poderia sair de casa e ir beber, ou fazer qualquer outra coisa. Poderia ligar para minha melhor amiga e acordá-la para falar de garotos, ou de qualquer outra coisa só para tirá-la do sono. Eu poderia ser eu hoje.

Mas não.


Hoje eu quero sentir a chuva cair nos meus ombros, molhar minha pele e arrepiar todos os meus pêlos do corpo. Hoje eu quero sair sem dizer nada a ninguém, quero sentir a noite me abraçar, imensa. Quero olhar para o céu e contar a estrelas, mesmo se for dia. Se o amanhecer estiver aí, eu quero cegar com a luz do sol. O Rei do Sol.

Hoje eu quero sentir essas palavras desgovernadas passearem pela minha cabeça, saírem nos meus cabelos, correrem pelos meus ombros, braços, antebraços e caminhar até os meus dedos e pular no trampolim da ponta dos meus dedos. Sem a intenção qualquer de sentido, hoje eu quero apenas sentir. Sem sentido.

Hoje o dia já se foi, a noite pegou no sono fácil e a madrugada está mais fosca do que ontem. Ontem ela estava acesa, acesíssima. Com ondulações. Mas acesa e borbulhante, como um caldeirão de uma bruxa. A bruxa que coordena esse universo. Across the Universe.

Hoje eu vi um livro dos beatles e continuo viciada, parece carma. E eu, lá na siciliano, lendo sozinha no meu mundo, senti de novo todas as musicas que me tocam o coração. Além da letra, impossível de não ficar grudada no jukebox da cabeça, também li a história de cada música, como Lucy in the Sky with Diamonds não foi uma intenção de ser algo alusivo ao LSD, que os caras usavam sem precisar de mensagens secretas.

Eu também não sei ser secreta, não tanto assim. Não preciso de mensagens subliminares para demonstrar uma coisa, mas gosto de metáforas entendíveis - coisas viajosas que nem sequer o autor intende é dose. Uma vez me disseram que eu era bem direta e rápida no gatilho, e que isso era bom pra mim. Às vezez concordo, às vezes não. Queria um dia ser um pouco menos explícita.

Eu poderia escrever sobre tudo, hoje. Mas só queria falar de mim.


-

Só pra não dizer que não fiz nada nesse post, a lista do Top 5 que o Jeff pediu dos livros lidos em 2008:

- Crepúsculo - da série A Mediadora (Meg Cabot)
- O estranho caso do cachorro morto (Mark Haddon)
- Crepúsculo (Stephen Meyer)
- Laranja Mecânica (Anthony Burguess)
- A mulher da casa ao lado (Barbara Delinsky)

bem eclética eu, né? O meu total de livros lidos em 2008 - depois de muita força no cocuruto - foram 9. Esses foram os melhores, e destaque para o primeiro, que foi toda a série (são 6 volumes) lidos no celular. Rá, eu sou ninja e consigo(!) ler tranquilamente no cel =D

Xeros