Enquanto bebia, Jack conheceu um cara de 19 anos chamado Corey. Corey era loiro, alto, e tinha um piercing na boca que destacava bem o rosado dos seus lábios. Ficaram a conversar durante quase toda a festa, e Jack não percebeu que ele era gay. A festa acabou e eles trocaram telefone. Jack voltou pra casa.
No fim de semana seguinte voltou à casa de festas onde tava acontecendo outra festa. E lá encontrou Corey de novo. E assim foi durante muitos fim de semanas, até que eles passaram a se encontrar no meio da semana também. Sempre que Jack tinha um tempo livre, ele deixava pra ir-se encontrar com a namorada. Agora ele reservava esse tempo para o Corey. Não sabia porque, mas gostava de sair com ele, gostava do seu perfume e de ficar falando sobre seus piercings e tudo que ele já passou pra colocar uma tatuagem. E seus cabelos ondulados escondidos atrás da orelha lhe faziam – não sei porque – lembrar o seu pai. E aquilo era confortante.
Dois meses se passaram e Jack acabou seu namoro. Acharam melhor, depois de um ano e meio, já que Jack estava sem tempo pra ela.
- Mas você me jurou que era pra sempre! - ela suplicava.
- Mas o que posso fazer se a gente mal se vê, um não tem tempo para o outro?! - e ele tentava explicar, procurando uma saída logo praquilo.
- Tá, se você insiste não posso fazer mais nada. Adeus. - aceitou de uma vez.
Depois de ir à casa dela, Jack resolveu ligar pra Corey e marcar um encontro. Já fazia três dias que não se viam e Jack, por incrível que pareça, estava com saudades. Coisa que nunca sentira no namoro.
Jack marcou encontro num bar perto de uma praça. Assim que entrou, reparou no relógio enorme de parede que se encontrava logo acima do caixa, que marcava cinco e meia da tarde. A ansiedade tomava conta do corpo e da mente de Jack. Até que Corey chegou.
- Olá!
- Olá! Tudo bem? Porque demorou tanto?
- Tudo sim. Não demorei não, Jack, vim na mesma hora de sempre. Porque?
- Ah, nada não. Quer café ou suco?
- Café.
- Dois – pediu Jack, em direção a barman.